01 março, 2009

««Labaredas cintilantes««


Tuas mãos ensaiam uma dança desconcertada
Desnudando todo o meu corpo embriagado
Percorrem minha entranhas mais sagradas
Conduzes-me por um caminho de tudo ou nada

Nessas mãos deposito minha alma enlouquecida
De mulher criança, dormindo ao relento, coberta pla lua
Num breve instante perco-me da minha vida doída
No sabor da tua boca que me chama tua

Por entre labaredas cintilantes, escancaro o olhar
Os raios de sol precipitam-se pela janela
Acariciam-me os cabelos, fazendo-me despertar

Acabei de pintar a mais bonita aguarela
Que repousa nas paredes de uma galeria invulgar
Esperando que o sol a enlace, e não mais se afaste dela

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