13 março, 2009

««Falar de sonhos««


Se eu te falar à noitinha
Dos meus sonhos de gaiata
Menina catraia, verdinha
Que a sonhar nunca se farta

Se eu te falar ao luar
Nos meus sonhos de mulher
Cansada de tanto sonhar
Tranquei-os num baú qualquer

Se eu te falar ao meio dia
Dos sonhos que agora carrego
Transportam-te todos os dias
Em comboios de desassossego

Se te falar amanhã
Dos sonhos que ainda não tive
Elevam-te a uma montanha
Em correntes de sonhos que sustive

Um sonho por nascer
Num sono profundo entrou
Num repente sem ninguém crer
Abriu os olhos,caminhou

1 comentário:

José Manuel Brazão disse...

Um texto belo com um final muito brilhante!

Beijos com carinho