
Caminho descalça num tempo de nada
Fugindo de um mundo escuro , tresloucado
Talvez buscando uma ternura amachucada
Em águas paradas de um lago gelado
Caminho descalça num campo sem trigo
Procurando nas migalhas de uma paixão
Um pouco de calor, a certeza de um abrigo
Uma luzerna de sol, no estender da tua mão
Caminho sem fim, encontro-me perdida
Grito palavras sem som, grito palavras calada
Palavras de quase nada , de dor tingida
Cansada parei no cimo de uma chapada
Olhei os campos agrestes, afinal era seguida
Por sonhos de menina, no romper da alvorada
Sem comentários:
Enviar um comentário