29 março, 2009
«« Horas mornas««
Horas mornas de calmaria
Abraço o horizonte
Dou asas à fantasia
Em braços de terra
Enlaço aquele monte
Deixo prender-me na força
Das nuvens que passam
A força que me suga
E me atraca a ti
Pedaço de chão em mim
Abro alas à fantasia
E a tudo o que ela encerra
Ruga profunda na fronte
Que assinala o alto da serra
Onde a água jorra da fonte
Onde sacio esta sede
Sede de te ter, de te ver
Sede de quando morrer
No teu peito adormecer
Horas mornas de acalmia
Deus estava feliz
No dia em que te esculpiu
Alentejo meu quinhão
Deixou correr a mão
Aqui e ali
Esmerou-se na ilusão
De que sempre serias petiz
De calções rasgados ao vento
Lançando papagaios de papel
Galopando um cavalo alazão
Sem amarras nem prisão
Louco, louco coração
Suspensa na tua mão
Enrosco-me nesta calmaria
E sonho
Sonho com um amor que me diz
Que de sonhos os sonhos são feitos
Que nos sonhos se dorme feliz
Sonho, que me sorri
Que me diz que estás aí
No monte esperando por mim
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário