Bendito poema que alimentas
Sacias minha fome invisível
Deleitas numa rima sensível
Minha alma enlaçada em tormentas
Essa seiva em carícias brotadas
Elevam-me a um louco carrossel
Que procura desnudar as ideias
Galopando um soberbo corcel
Em prazer se enchem cisternas
Silos espalhados na estrada da vida
De prazer se semeiam palavras ternas
Bendita a força que carrega
As sílabas do poema gerado
Por mim, por ti, descomunal entrega
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