28 abril, 2009

«« Vaidade««


Engoli um balão…
De vidro
Vidro!…Cristal
Tão fino de beleza tal
Que fugiu do paraíso
Porque se recusa
A ser igual

Engoli um balão
Sofreguidão descabida
Que me regula com leve mão
Não olho para a esquerda
Muito menos para a direita
Só vejo…
A minha imagem perfeita
No espelho do meu viver

Até custa a crer
Que tenha que ver
Mais outra coisa qualquer
Que a minha imagem…
Divina, como ser
Belo, esbelto, completo
Nada circunspecto
Com ideias…
Que se medem a metro
Mas quem liga a essas coisas

Engoli um balão
Desde tenra idade
Um balão
Chamado vaidade…

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