07 abril, 2009

«« Desencontro ««


Amei-te no vento, no sol e na lua
Amei-te no tempo em que me fiz tua
Procurei-te na noite, no mar encrespado
No campo bravio de barro moldado
Senti-te em mim, brasas de vida
Por debaixo da lua lá longe tingida
Lá longe sumida lua dos amantes
Amei-te em uma vida, em tempos distantes

Encontrei-te na serra tremendo de frio
Banhei-te nas águas calmas do rio
Mostrei-te o mundo, louco varrido
De paixões e amores já quase esquecido
Olhaste para mim não me reconheceste
Cruel realidade, a que me esqueceste
Procura na pedra marcada plo tempo
As juras de amor feitas ao relento

Escuta o vento o que ele te diz
Eu sou aquela que sempre te quis
A que doida parece louca varrida
A que por ti chora na dor escorrida
Eu sou aquela que procuras no frio
Por entre os lençóis pasmos no vazio
Eu sou a que chamas nas horas mortas
A que te sorri nas águas calmas

Tu és aquele que um dia amarei
Eu sou aquela que feliz te farei
Procuras-me e não me encontras
Procuro-te por entre lágrimas
Pardas doridas de amor e paixão
Triste nossas vidas sempre em dia não

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