03 abril, 2009

«« Uma carta apalermada ««


Pensei…
Escrever-te uma carta
Depois…
Um poema de amor
No final…
Decidi-me pelos dois

Por isso…
Meu querido aqui estou

Escrevendo…

Sabes a melhor
Esqueci o quê
Deve ser do ardor
Ou do calor
Não do amor….

Nem tanto, nem talvez
Insensatez, porquê…
Timidez

Claro só pode
Porque…
No peito me explode
Mas que pagode

Não …
Direi antes que é amor
Amor daquele com dor
Um bocadinho apalermado
Que se bebe num trago
Assim como o abafado
Que jamais se julga acabado
Com beijinho repenicado
De sabor apaladado
El dourado…
Mas que fado…
Beijo trincado

Estás a perceber
O recado
Por isso
Estou a escrever
Sem saber se tu vais ler
Ai, ai …triste
Amor abafado

Meu amor eterno amado
Ando doida sem saber
Pensando no beijo roubado
Será que já tu dei…
hum que fazer…
Melhor esquecer.

Vê tu ao que cheguei
Ando louca a valer
A razão porque te amei
Assim que te vislumbrei
Ainda me resta saber
Vais ver…
Sonhei

Por agora acabei
Amanhã continuarei
Se é carta ou poema
Mais tarde te direi

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