23 julho, 2010

«« Vagueio ««


Vagueio por entre as sílabas, aos meus olhos
São rosas que se desfolham, são abraços
São a recompensa para os meus passos
A ternura o reencontro, o secar de choros

Vagueio por entre as sílabas, junto todos
Os instantes de uma outra dimensão, os versos
São diamantes que então esculpi, são cheiros
Que vêem no vento suão, são também desejos

Aqueles que guardo, de uma outra era
Alimento-me de cada palavra, agora sei
Que quando escrevo, em frente seguirei

Pelos caminhos tortuosos da existência
Opaca, mas basta querer e a Primavera
Cobrirá de flores a nossa espera