02 julho, 2010
«« Oásis ««
Sempre que os dias ficam mais compridos
Os meus olhos teimam em ver o incerto
Tudo fica árido como um deserto
Nem uma gota de água me chega aos lábios
As ideias são emaranhadas de tentáculos
Selváticos que me impelem ao enxerto
De mil ou de uma vontade, campo aberto
Terra gretada pela salmoura dos choros
E tu que me olhas, e não me conheces
Ficas impávido nesta nostalgia pobre
Mas consegues pintar-me de todas as cores
Olhas-me num olhar resguardado que encobre
O medo mordaz, mas que é tão simples
Aos meus olhos és, um oásis que se descobre.
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