20 julho, 2010
«« Perdida ««
Perdi-me há muito nas cores cruas
De um qualquer recanto da existência
Perdi-me de mim e do dia, por entre luas
Por entre nesgas difusas de ausência
Perdi-me á nascença por entre as adagas
Cravadas numa hora de conveniência
Sempre que a vida supera derrotas
Sempre que o choro é consistência
Perdi-me da vida, ou ela me perdeu
Perdi-me de tudo o que havia a fazer
Perdi-me do tempo, que há muito roeu
A corda da espera, que queria crescer
O tempo avançou, e eu lá fui andando
Quem sabe me encontre no alvorecer.
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