20 agosto, 2010

«« Alento ««


Soltei-me de correntes
De amarras e grilhões
Larguei-me solta
Pela ladeira do incerto
Bati no fundo
Um novo recomeço

Sem olhar para trás
Emergi
De novo naufraguei
Nas asas do vento
Que me carregou no colo
Me deu alento

Agora
Peço que o tempo me dê tempo
Para ser eu
Ao vento, a dar alento

2 comentários:

Elvira disse...

Comecei bem.
Adorei o seu poema.
Revi-me completamente nele.
Nem calculamos quantas vidas (aparentemente) decalcadas se vivem por aí...

Obrigada por me ter proporcionado ver um reflexo do que já fui...

Cria disse...

Te ler é ter a certeza de ver bons textos ... Meu carinho, poeta !