02 agosto, 2010

«« O meu e o teu ««


O que é meu dispersa-se por entre penedos
Há muito que não sei o que segue
Por vezes penso será que persegue
O impossível, por entre o arvoredo

O que é teu, não lhe adivinho o segredo
Umas vezes acho que apenas esquece
O que o meu não vislumbrou, logo parece
Que os passos desencontrados são penedo

Que rebola ribanceira abaixo e cai
Num charco de água negra, onde coaxam as rãs
Num declive agreste que pelo tempo se esvai

Em desejos amarfanhados pela manhã
Que ao longo do dia se soltam com mestria
O meu e o teu, parecem tenda de campanha.

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