18 junho, 2009

«« Nada mais ««


Por vezes embrenho-me no arco íris
Procuro em cada cor, em cada aresta
Tento me embrenhar, na mais fina frecha
Procuro aquele céu que sempre quis

Vida, como os teus caminhos são frágeis
Ao forçarmos a porta, que está trancada
Porta inerte, dos desejos afastada
Cais onde encalha a minha nau, naufragada

Naufraguei nas canseiras desta vida
Afundei, no lamaçal, da minha frustração
De me sentir fria, areia humedecida

Por onde rebentam, fungos em decomposição
E dizem, gritam, esquece, foste vencida
Nada mais te resta, apenas a solidão

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigada pelo poema, desta vez quem ficou comovida fui eu.
Usei um poema seu no blog, o minimo que podia ter feito era mencionar o autor (acho que se deve sempre faze-lo mesmo quando não sei ponho pelo menos autor desconhecido), acho que é uma questão de respeito e de dar mérito a quem os faz.
Adorei o poema que me deixou no me cantinho, bem como este seu blog, vou voltar com mais tempo.
Bjs
Alexandra
http://alexandraribeiro.spaces.live.com