09 junho, 2009
«« Perdi-me de mim ««
Caminhei por entre as nuvens da solidão
Percorri embriagada o limiar do meu ser
Por vezes virei as costas, nada a fazer
Descalça, carreguei penas de aflição
Pergunto, onde estou, penso, não me vêem, não
Assombrada, olho, e acabo por não me ver
Perdi-me de mim, pouco me resta , findou o crer
Afoguei-me em delírios, parca alucinação
E agora, que me resta, por onde caminharei
Será , que a vida se perdeu de mim
Ou fui eu, que sorrateiramente a desviei
Embrenhei-me na loucura do ser, do ter sem fim
Pobre concubina da minha própria razão
Imaculada imaginação, restou este vazio, de mim.
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