12 junho, 2009
«« Ilusões pendentes ««
Vou esperar, sentada ,na cadeira dos sonhos, aqueles que vejo passar,
E não consigo alcançar, naqueles que se esvaziaram, e desisti de sonhar,
Vou esperar sentada, á soalheira, encostada na ombreira da porta,
Por onde, um dia tu entrarás, sim tu, o sonho, perdido em dia de chuva,
De ventos e vendavais, tal a trovoada, que não sonhei nunca mais,
Mesmo que a espera seja longa, não arredo pé, és a réstia de luz,
Que me mantêm cativa, a uma vida cor de chumbo, que, por vezes,
A aragem fresca da manhã, teima em inundar de sol,
Esse sol quente, que revigora os campos, cobertos de neblina,
Depois de um dia de chuva, depois do arco íris trazer com ele, os sonhos, que,
Espalhei em campo aberto, que teimam em voltar. Que querem se enraizar, mas tenho medo, medo de sonhar, medo de já cá não estar,
Porque teimas os sonhos avivar,
Sempre que ponho a alma a descoberto, e tu, sorrateiramente, entras pela brecha,
Do sentir, e me mandas recados no sol que trouxe do nascente,
Ilusões pendentes, sonhos dormentes, de dias felizes.
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