17 junho, 2009

«« Ah, pois ! ««


Nesta era abismal
Quem me dera, ser irreal
Não ver, ou ver bem mal
Não pensar, e coisa e tal
Muito menos me sentir mal

Podia ser boneca
Daquelas articuladas
Que dizem mamã e papá
E outras palavras estudadas
Podia ser um comando
De um carro telecomandado
Juro,
Que te atropelava
Isto é caso pensado

Imagina
Que eu era formiga
Entrava nos teus lençóis
Ai Jesus os carcanois
Nem sei se te conte, se diga
Onde te dava a ferroada
Estás a ver,
Ah , pois!

Ai se eu fosse
Um anjinho
Entrava de mansinho
Devagar, devagarinho
Bem no centro do teu peito
Batia de leve com jeito
Ai Jesus o corridinho

Eu e tu em desalinho
Na noite de S. João
Juntinho ao coração
Pegavas na minha mão
Acordei…

Não querem lá ver, o trambolhão…

1 comentário:

Anónimo disse...

ADOREI...este poema é lindissimo...
leve...bem disposto...e com tudo o mais que se pode retirar dele.

Com um grande beijo
Ly