Um dia quem sabe cantarei
À terra molhada uma desgarrada
Cantarei um fado e afinarei
A garganta seca em água gelada
Um dia te canto terra de ninguém
Te canto um fado pobre, sem guarida
Falo-te do fel e da alma despida
De um povo agastado sem vintém
Gente do povo, eu te falarei
Das dores agudas, e de alguma cobiça
Falo-te ainda da mulher roliça
Que de tanto falar, ficou tão aquém.
1 comentário:
Que os dias cheguem e as noites demorem bastante a passar! ABraços
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