Quem me dera poder gritar, estou sóbria
Carrego uma lucidez despiciente
Embebedei-me solenemente
Em tudo aquilo que me abstraia
Não, não estou sóbria, estou bêbada de azedume
Com versos corridos esgravato o queixume
Ponho mais lenha e lenha no lume
Em versos fingidos vou alcançando o cume
Da minha existência, mas a minha glória
Não é escrever sobre a minha vitória
É esgravatar na lama, dar a mão à palmatória
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