26 março, 2010

«« Cruz ««


Pudera eu dizer, a dor não sei o que é
Não sei se está enraizada nos meus ossos
Não a vejo nem sequer o lamiré
Quando me curvo cansada por falta de acertos

Não me olhem como se fosse bicho

Sempre que me rebolo no chão e lhe junto um sufixo
O meu olhar nem sempre é fixo
Como o prego onde pende um crucifixo

Quem me dera dizer tenho pouca fé
Na dor que não mostro, não lhe ofereço banzé
Quem me dera dizer… dor, afinal o que é.

1 comentário:

Menina Marota disse...

Um poema forte, como toda a Dor é...

Gostei de a ler, talvez porque entenda de Dor, também...
Um abraço