Amanhã sairei por aí ao encontro da vida
Em cada mão levarei a nudez
Vil e rude da minha pequenez
Irei num caminhar continuo procurar uma ermida
Aquela que deixei desmoronar, não sei onde
Virei a cara num gesto que transponde
Apenas porque gritou e ninguém lhe responde
Da ermida não resta pedra, será que se esconde
Do amanhã, ou de uma vontade destemida
Que teimo a todo o custo dar como perdida
Amanhã, direi estou de partida.
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