13 março, 2010

«« Lágrimas ««


Há um nó na garganta que oprime
Os dias que espreitam ao longe
As nuvens que correm velozes
Esperam, que o tempo passe
Quem sabe choverá…

Oprime e cala o desaire
De partir e não olhar para trás
Este grito castrado, há saída
Enleia-se nas nuvens do meu olhar, distante

Um pingo de chuva cai na ruela
Silêncio…

A calçada molhada, é fria
As nuvens pararam agora
O tempo olhou-me e virou a cara
Não, não chove…

São pingos de sal, que a garganta engole.

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