16 março, 2010
«« Desejo ««
Meu amor, ao despontar o luar não digas nada
Olha-me apenas, verás no meu olhar a névoa
De quem cala o que sente, água parada
Na represa onde afogo, o desejo que não voa
Meu amor, ao despontar o luar se chorar, olha
Verás a lágrima que cai no chão seco
Desfaz-se em mil partículas de escolha
A escolha que não faço, quando calo o eco
Da palavra, que me inunda o crer, quem sabe
Inunda também o ser, aquele que não sou
Aquele que o luar numa noite perdida matou
Mas o luar, por vezes é brilhante e inunda
O desejo,que submerge na ânsia em que não cabe
O eco aflito temendo que o desejo não se acabe
Júlia Soares ( pseudónimo )
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