Olha ali está o pico da sorte, ao lado está Deus
Ali está o norte, mais à frente a frustração
E eu perdida julgo que sei tudo
Navego num mar de acalmia, em nó corredio
Tento disfarçar que nada sei, nada sou
Afinal, porque caio e me levanto, porque choro
No meu choro abafado disfarço o riso
Rio da vida, contra-senso
Afinal sou uma árvore tombada
Sou madeira cortada, na qual a raiz sobrevive.
Júlia Soares. ( Pseudónimo )
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