03 dezembro, 2009
«« O poeta aos meus olhos ( XIII ) ««
( Censura )
As moscas
Pobres tolos julgais vós que me calais
Venham policias de malha apertada
Clandestinamente grito na alvorada
Os versos em sangue pelos arraiais
Negros sois vós sim homens banais, iguais
A moscas que morrem antes de nascer
O poema vivo é força, e há-de vencer
Escutem, não me calarei, mudo jamais
Por entre as grades do limoeiro
Apelo na minha aflição ruidosa
Marquês de pombal, nobre cavalheiro
Nobres senhores, império de gigantes
Errarei na minha fé, sublime e majestosa
Liberdade no génio, mãe dos simples
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