11 dezembro, 2009
«« Ao sul ««
Mais ao sul encontro a paz
Quando olho a paisagem sonolenta
Ao longe avisto o vulto ambíguo da esperança
Aquela que recolho na flor que teima em nascer
Sob a terra gretada, pelo Inverno que ri
Do ar desolado desse chão gretado
Pelas lágrimas de uma criança que chora
Chora quando canta o melro
Chora quando canta o gaio
Apenas ri quando o vento sopra
Ao sul encontro a paz.
A paz que perdi na infância
Encontro-a quando te recordo
Quando lembro o teu olhar adocicado
O teu ar embriagado
Pelas minhas emoções.
Meu amor, ao sul encontro a paz
Porque te encontrei.
Júlia Soares ( pseudónimo )
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