05 dezembro, 2009

«« O poeta aos meus olhos ( XVI )


( Desequilíbrio)

De copo na mão

De copo em copo vou naufragando
Acendo cigarros tal arma na mão
Morro de amores, devaneio e paixão
Doutrina de vida, que me vai matando

Abraço a pena, vou escrevendo voando
Estátuas que me olham sem asas, ou ilusão
Piedosamente cultivo retalhos em abolição
Na fragrância em que me vou observando

As fraquezas que passo, os dias sem almoço
A janta que não chega, no pão que se definha
A cada dia que passa sou um cão sem osso

Labaredas que me consomem sem
Resistência, morte que se avizinha
Poema de todos que não é de ninguém

2 comentários:

Cria disse...

Intensidade de sentimentos ... Lindo !! Beijos.

Cria disse...

Intensidade de sentimentos ... Lindo !! Beijos.