26 julho, 2009

«« Ébrio ««


O silencio soterrado em palavras
Que produzem um som surdo, inaudível
Num dialecto áspero, inconcebível
Que aos meus ouvidos, sem brio arremessas

Muda, petrificada em ponta de adagas
Desvio o olhar da tua imagem ocre, e cruel
Olho e vejo ao longe um enorme carrossel
Que me acena , num gesto de boas vindas

Saio a correr, tento abraçar o ondulante corcel
Entre altos e baixos afasto-me do silencio
Que produz uma garrafa de sabor a fel

Onde te desnudas, sem dó ou critério
Assim todas as vitimas soltem as amarras
Assim todos os copos, se esvaeçam no ébrio

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