01 julho, 2009

«« Cavaleiro andante ««


Sentei-me no terraço da imaginação
Vislumbrei na neblina, cavaleiro andante
Envolto na gelada nuvem da devastação
Caminhando perdido na névoa desgastante

Tentei alcança-lo, gesto desmedido o meu
Remoinho que se levantou no invisível
Açoitou-me o vazio sem ilharga do meu apogeu
Martírios deslizantes, recomeço apetecível

Anafei-me à beira da minha solidão, por fim
Voltei a olhar, cavaleiro onde estás, onde páras
O vento gemeu fugiu de ti, afastaste-o sim

Caminhou pra longe, buscando a verdade
No limite dos tempos, rio de águas claras
Onde os sonhos descansam envoltos de liberdade

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