07 fevereiro, 2009
««Vejo torto««
Tenho uma mão cheia de tudo
Uma sacola de coisa nenhuma
Apetece-me rir do mundo
Desfazer-me em névoa, em espuma
Em suma
Vivo de forma errante
Neste mundo descabido
Sou um átomo inconstante
Que em nenhures perdeu sentido
Ai que triste alarido
Minha alma ás vezes faz
Solta um grito contido
Bramando deixa-me em paz
Conter-se não é capaz
Neste mundo triste e louco
Em que tanta alma faz
Malabarismo por tão pouco
Quem sabe, sou eu que vejo torto
Nesta era não encaixo
Não te encontro graça, conforto
Triste mundo do bota abaixo