10 fevereiro, 2009

««Se eu morrer amanhã««


Se eu morrer amanhã, quem me chorará
a água da fonte, as pedras da rua
Se me for amanhã, quem se lembrará
a andorinha negra, minha morte é sua

O campo agreste, ele me cantará
melodias em pó, caminharão prá lua
Só o restolho rente, me lamentará
no seu ventre, fica minha alma nua

A terra lavrei, nela semeei, a solidão
por este campo brotarão fontes de sal
no seu leito correrá minha paixão

Por mim não chores, nem tenhas afeição
minha alma virou nuvem afinal
quando chover, alagará teu coração

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