22 fevereiro, 2009

««Osmose desequilibrada««


Mente torta
Que transportas a ilusão
De ter o que não tens não
Pedaços em turbilhão
De sonhos feitos nada

Osmose desequilibrada
Em versos de insatisfação
Pedaços de frustração
Por entre reste-as de ilusão
De vida quase parada

Cegueira casta
Que turva o coração
Em palavras de paixão
Como quem segura na mão
Uma escrita um tanto casta

Cabeça oca
Só olhas em linha recta
Esqueceste a imensidão
Dos campos de visão
De uma linha enviesada

Ideia gasta
Em bocas de aflição
Ruidosa negação
Que tortura o coração
E na cabeça é aresta.