11 maio, 2009

«« Mão na mão


Apetece-me caminhar por aí
Mão na mão, calor no coração
Apetece-me caminhar por aí
Ir ao encontro da vastidão
Dos campos em flor
Das aguas que correm
Longos caminhos percorrem
E nunca, nunca se cansam

Apetece-me viver
Apenas por viver
Sem precisar entender
O significado seja do que for
Principalmente da dor

De não ter quem caminhe
Lado a lado
Quem se fascine
Quem me olhe abismado
Quem saiba do que escrevo,
Porque escrevo
Para quem escrevo
Mesmo antes de escrever

Talvez me expresse mal
Por isso não tenho ninguém,
Deve ser a razão de certo desdém
Deve ser isso
Tem que ser isso
Só pode ser isso…afinal.

2 comentários:

Anónimo disse...

DE MÃO NA MÃO

GOSTEI DO SEU POEMA

PASSEI POR AQUI POR ACASO

MAS VOU VOLTAR

1 BEIJO LY

Armindo de Vasconcelos disse...

A solidão pode ser sempre uma porta pretes a abrir-se.

E nem sempre a expressão é o pecado de quem caminha sem ninguém.

Tantas vezes, de olhos fechados, andamos pela vida, preocupados, e a partilha tão perto, ao virar da esquina.

Eu gosto desta expressão dos sentimentos, çá dos sentidos.