06 maio, 2009

«« Delírio constante ««


Ando em delírio constante
Perdi-me de mim algures
Ando em delírio constante
Procuro por ti, nenhures

Coração partido em pedaços
Espalhei-os em campo aberto
Pensando encher o espaço
Com pedaços de incerto
Com nuvens negras de cansaço
Areias finas do deserto

Pobre de mim a descoberto
Só penso no teu abraço
Vejo em ti o céu aberto

Céu aberto que me falta
De manhã ao fim do dia
Lufadas de maresia
Arejam-me o pensamento
Pensando qual será o dia
Como será o momento
Em que cais na tentação
De me ler o pensamento

Irás ler o meu coração
Ai que aflição, contentamento
Será que me trás alento…

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