07 maio, 2009

««Estou presa ««


Estou presa ao preconceito
De viver por bem parecer
Queria cantar bem alto,
Saltar, pular e correr

Correr daqui para fora
Onde não houvesse hora,
Nem agora
Brincar como uma criança
Que desconhece o amanhã
Saltar à macaca, ao eixo
Num trambolhão partir o queixo
Chorar bem alto, porque não
Sem me apontarem o dedo
Queria fazer da noite dia
Do dia esquecer a data
O ano, nem fazia falta
E o depois para trás ficasse
Que este delírio parasse
Que o vida girasse
Ao sabor da fantasia
Sem ironia
Correr abraçar o mundo
De mulher lúcida virar louca
Saltar de boca em boca
Demência mais sã não existe
Ali vai a pobre louca.

Estou presa ao preconceito
Por viver segundo o conceito.

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