19 outubro, 2010
«« Poema sem rosto ««
Apetece-me pintar de rosa o atropelo
Mesmo que aquela sombra, diga não
Que o atropelo é apenas empurrão
Que nos conduz no fogo ou no degelo…
De um dia que termina em dia não
Cobiça da minha mente inquieta
Com a investida do consentimento
Desassossego nu do desapego
Com que me olho contrafeita
Através do teu olhar, confusão
Apetece-me pintar de rosa o atropelo
Com que me lês. Naquilo que julgas ver
Nocturnas visões inoportunas
Que pela calada te incitam a dizer
Que nada mais sou que mulher
Que se esconde por entre colunas
De palavras sem sentido, flagelo
O que tu não sabes, ou não queres saber
Sou o poema no acto de escrever
Sou fera bravia, rio a bom a rir
Com a visão conturbada desse teu sentir
Porque te perdes em entenderes que viram pesadelo,
Quando era tão fácil folhares-me sem ter rosto.
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