14 outubro, 2010

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Corre, corre Português
Não percas o autocarro
Ele não conhece o freguês
Até parece bizarro

De manhã ao acordar
Tive a grande noticia
Um orçamento a acenar
Escoltado p´la milícia

De mil razões sabidas
Outras tantas enfeitadas
Pela resma de conversas
De razões amontoadas

Estes senhores do poder
Metem-nos as mãos aos bolsos
Estão-nos é a foder
Sem vergonha ou remorsos

Tantos milhões desviados
Nunca se lhes soube o caminho
Agora estamos lixados
Paga, paga Zé Povinho


poeta maldito (pseudónimo)

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