12 outubro, 2010

«« Deslizo pelo sentir ««


Penso naquilo que não é
Uma ilusão repentina na brisa que passa
Estranheza nas águas sem maré
É caprichosa e escassa
A moleza na vontade de sentir
Um olhar debruçado ( em nós )

Espera sem retorno do inconsciente
Quem se importa com águas paradas
Os olhos recusam-se a chorar
A falta de um cuidar que alimente
O silencio das horas pesadas

Leve recordação do cheiro
De uma manhã de chuva
Faz-me pensar se não sou como a água

Deslizo pelo sentir sem deixar aroma.

3 comentários:

Cria disse...

Irretocável, poeta amiga !! Lindo demais !

Anónimo disse...

interessante, deve ser por isso que passamos um pelo outro na rua e nem nos cumprimentamos.
Mas o texto, muito bem edificado,parabéns e como não gosto de falar com as paredes, aqui não volto mais.
Passar bem.
AP.

Antónia Ruivo disse...

Interessante, é alguém não ter coragem de dar a cara, se era atenção aqui fica, mesmo contrariando as regras que impus a mim mesma. Passar bem