Abrem-se em cutiladas profundas
Aos poucos se vai avivando a magoa
Que deixas em cada migalha jogada
Como se fosse o apogeu que ambicionas
Ofereces tão pouco de tudo, mãos esticadas
Percorrem um caminho sem encruzilhada
Exigem demais para quem dá quase nada
Oferecem demais num nada que desfraldas
E eu, tropeço nessa dádiva impotente
Finjo uma alegria que nunca tive
Sempre consigo olhar-te de frente
E tu vives na ilusão que eu sustive
Acreditas que sempre dás em demasia
Carregas as certezas,só que eu sou mais livre…
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