04 agosto, 2009

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Procuro na colina distante
A resposta aos meus medos
Perco-lhe o trilho, volto ao começo
Torno a procurar, no vento suão
Por vezes consigo, sentir a fascinação
Que o vento carrega na devastação
Tal como a terra
Que se encontra dorida
Escaldada p`lo sol, no mês de Agosto
Assim está minha alma…
O reflexo dessa mágoa
Escorrega na lágrima que desliza
Cai na terra em brasa, abre uma lagoa
Onde os insectos saciam a sede
Na salmoura da minha existência

Procuro ao longe, a luz que fugiu
Nas cauda do vento suão
Na colina uma flor floriu
Eras tu meu amigo, irmão…