05 janeiro, 2009

«« No meu leito viajo sem fim««


Semicerro o olhar
Para o meu pensamento, poder disparar
Caminho por terras distantes
Por serras e montes, bem perto do mar

Por cidades a fervilhar
De luz, de vida tão extensa
Umas são tão bonitas
Outras, não lhe encontro parecenças

Caminho por terras de crenças
Daquelas que matam a eito
Fechadas à liberdade
Viradas pró preconceito

Deitada no meu leito
Viajo de lado em lado
Quando volto trago no peito
Um coração quebrado em bocados

Metade um sorriso alargado
Pelo que vi em qualquer lado
Num país civilizado

Um pranto dobrado
Na outra metade

Por tanta morte, tanta fome
Tanto ser abandonado
Em nome de um Deus
Que deve estar tão revoltado

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