24 janeiro, 2009
««Alma Lusitana««
Chega-me no vento suão
Trovas de uma bela canção
Cantam a terra, velhos tempos, outra era
Falam de moiras encantadas
Enclausuradas no ventre da serra
Nas suas torres engalanadas
Esperam por príncipes, que foram prá guerra
Cantigas do vento suão
Que chegam da margem raiana
Queimam o trigo, o pão
Da planície Alentejana
Ás gentes trazem desgraça
Perderam a pátria, a raça
Nas batalhas vestem a mortalha
E desesperam pelas cangalhas
Envoltos em fina mortalha
Regressam nos braços da sorte
Que os trouxe no vento norte
Feitos pó de uma estrada
Nunca antes palmilhada
Podes dizer princesa encantada
Que foste amada desejada
Mas tristemente trocada
Por sonhos de guerreiro errante
Que morreu na ponta da espada
Por uma pátria, imaginada
Gloriosa , sempre navegando
Outros mares, outras paisagens
Novas divas, internas miragens
A alma Lusitana,
Por castelos de espuma deslizando
Sempre recordando, divagando
Aqui e ali enraizando
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