
Na minha pele cravaste o olhar abismado
Talvez visses um fruto de leve tom rosado
O teu olhar seguiu-me por um instante alado
Num tempo em que o tempo esteve parado
Seguidamente o tempo virou passado
Envolveu-se num baço manto agastado
Ao som de um trinado de um triste fado
Ondulou os sentidos num mar revoltado
Na minha pele uma nova ruga nasceu
Com o timbre dos sonhos imperfeitos
Afinal o fruto de maduro apodreceu
Mas, caiu no chão adubou socalcos amargos
De uma terra que teima em ser vida
Quem sabe amor, a terra criará forte laço.
Sem comentários:
Enviar um comentário