06 novembro, 2009
«« Silêncio ««
Escuta a voz do silêncio, o frio intenso
Te conduzirá a mim, estática estou
Presa na placenta que o tempo gerou
Cordão umbilical entrelaçado no propenso
Ser de ninguém, tão aquém do meu eu
Serei por ventura um desaguar de ilusões
Onde se afogam as frustrações
E as minhas, a cinza as esvaiu
Nos confins da era do faz de conta
Fui arrastada, fui ensaimada, e até o medo
Se afastou do meu caminho, tropeçou no rochedo
Chamado vida aquém e tonta
Vestida de ilusão, mas na vertical
A mesma verticalidade que me mantêm suspensa
No silêncio de quem sabe que é a lagoa imensa
Onde se afogam as rotinas diárias, afinal
A lagoa é esverdeada no fundo segredam emoções
Recheadas de sonhos coloridos
De um dia, por um só dia nada seja fingido
E o verde das águas se dilua em outras cores.
Escuta a voz do silêncio ele te falará de mim
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário