23 novembro, 2009

«« O poeta aos meus olhos ( IV ) ««


( Grito )
Mãe

Pobre mãe que já partiste, estou tão só
Sinto-me perdido, com frio e há deriva
Cruel vida madrasta, vil enegrecida
Sim preciso de ti, mãe, que viraste pó

Criança, caminho coberto de penas e dó
Encalhei em rio negro de agua conturbada
Falta-me o teu doce carinho mãe amada
Volta, nem que seja por um instante só

Aperta-me em teus braços doces, aconchegantes
Embala-me nesta noite fria, e tão escura
Deixa-me acreditar, que tudo é como dantes

Um afago teu e abraçava o sol, acreditaria
Que um dia, navegarei em mar de gigantes
Que lá longe ao sul, existe uma estrela luzidia.

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