20 novembro, 2009

«« O poeta aos meus olhos «« Inicio de um ciclo de vinte sonetos dedicados à vida e obra de Manuel Maria Barbosa Du Bocage ««


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............O poeta aos meus olhos

Olho-te poeta do retiro da minha existência
Tento sondar-te o fundo da alma em turbilhão
Tento decifrar as dores, que te mataram de paixão
Diz poeta, será que te olho com clarividência

Ou será que é apenas difusa pertinência
Ai de mim aprendiz das palavras, guardião
De poetas doutras eras que moldaram a razão
Tu, Bocage, rei e pedinte, sonho e essência

Peço licença para te tomar os feitos
Para te cantar em trovas singelas, sim
Guia a minha pena, ensina-me os acertos

Mostra-me o caminho que me eleve a ti
Guia os meus passos por alamedas de jasmim
Que o poema se enleve em tudo o que aprendi

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