11 novembro, 2010

«« Autos ««


E se eu pedisse ao amor, amor
Se eu implorasse que me olhe nos olhos
Lhe dissesse que sou corsa bravia
Que não sabe aflorar os sonhos
Sou água tantas vezes fria
Impermeável a autos de actor

Se eu pedisse à noite o dia
Ao sol um pouco de fresco
Pedisse ao vento razia
Num acto romanesco

Quem sabe o amor me visse
Com olhos de bem-querer
Ou então de mim fugisse
Dizendo não entender.

1 comentário:

Paulo Gonçalves disse...

Belo poema.
De amor, tem falta, o mundo.
É possível encontra-lo em sítios como este que afinal estão ávidos de amor.