18 novembro, 2010

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Queria ser camaleão
Mudar de cor com o vento
Queria ter o condão
De ser como um cata-vento

Aceitar que ser cruel
É coisa do ser humano
Ser frio, amargo sabor a fel
Tanta vez ser desumano
É coisa de gente comum
Pecado de sangue quente
Julgar não tem mal algum
Desde que não julguem a gente

Queria ser um camaleão
Julgar e não ser julgada
Ter quem sabe na mão
Uma farpa afiada
Espetaria o condão
De julgar ao deus dará

Afinal sou cata-vento
Quem me julga o que será?

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