01 novembro, 2010

«« Bola de sabão ««


Aprisionamos uma bola de sabão
Criamos nela a ilusão que renova
Sem nos lembrarmos que é bola de sabão
Colorida mas que a água sempre leva

Na palma da mão desabrocha a tentação
Aos nossos olhos o colorido se enleva
Mas ao eclodir em derradeira negação
Por entre os dedos desliza feito prova

De que a ilusão de uma bola de sabão
Nada mais é do que o sonhar acrescido
Por entre os dedos num gesto destemido

Que nos mostra aquilo que queremos
Ao nosso olhar o arco íris luzente
Rebenta a bola, ( plof ) simplesmente

3 comentários:

Estrela Luzente disse...

oi
adorei esta imagem que abre o teu blog... e também tudo o que vi em textos... ...
bom feriado

* disse...

Um bonito poema a relembrar esse prazer tão divertido da infância de todos nós: soprar bolinhas de sabão e ficar a vê-las a flutuar no ar... até fazerem plof!
Bonito, singelo e ao mesmo tempo tão cheio de significado...talvez as coisas mais simples da vida, as que mais nos fazem felizes sejam de facto as mais importantes.

sfich disse...

O que mais me impressionou
nessa bola-de-sabão
foi o seu colorido efémero a deslizar
ante o olhar duma criança que o queria eterno...

O seu soneto, tem mesmo todo o esplendor
do aco iris da poesia.
parabéns