23 novembro, 2010

«« Pasmo ««



Inquietude do pensamento
Um certo pasmar alheio
À chuva que cai no momento
Em que olho para o passeio
Um arrepio, constrangimento
No deslizar da água gelada
Por entre duas pedras brancas
Ficou presa na calçada
Desassossego ao meu olhar
Um frenesim em volta molhada
Vira, revira penas ao ar

Aquele pássaro está-se a lavar
Naquela poça de águas paradas.

2 comentários:

* disse...

Bonito poema... singelo como o passarinho que toma banho na poça de àgua parada...
E o nosso pensamento leva-nos a tantos lugares quando observamos uma cena assim... muitas vezes tráz-nos à cara um sorriso...terno até.

Unknown disse...

Este poema deixa-nos algumas questões
que nos fazem meditar na chuva que nos amassa, nos cansa e trespassa.
Um desassossego no olhar.............